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Contribuições aos eventos

V Dia Internacional da Democracia

No dia 9 de novembro, aniversário da queda do Muro de Berlim, a Fundação Konrad Adenauer (KAS) organizou a quinta edição do evento Dia Internacional da Democracia. Essa data comemorativa internacional foi declarada pela ONU em 2008, sendo para o dia 15 de setembro. Esse evento ofereceu aos participantes a oportunidade não somente de debater de forma ativa sobre assuntos políticos atuais, como também de entrar em diálogo direto com especialistas brasileiros e estrangeiros das áreas política, econômica e sociológica.

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A abertura do evento foi feita pelo representante da KAS no Brasil, Felix Dane. Na sua fala, ele lembrou os acontecimentos em Berlim por ocasião da Queda do Muro e acentuou que o assunto democracia não perdeu até hoje sua importância e atualidade. Depois dessa introdução breve, convidou a cientista política Lúcia Avelar para, na função de moderadora, abrir os trabalhos da primeira mesa de debates. Como primeiro palestrante, Humberto Dantas, professor do Insper e analista político, se referiu ao sistema eleitoral no Brasil e apontou, com base nas recentes eleições municipais, que esse havia se desenvolvido de maneira positiva. Dantas mencionou que, mesmo que as eleições diretas tivessem sido estabelecidas desde 1988, ainda há grandes dificuldades nas áreas de legislação e campanha eleitoral, além da inclusão de minorias como as mulheres.

Os temas da palestra seguinte, proferida pelo analista de relações internacionais Geraldo Zahran, foram, entre outros, o sistema eleitoral nos Estados Unidos e a reeleição de Presidente Barack Obama. Após uma breve explicação sobre o funcionamento do sistema eleitoral norte-americano, ele apontou que a consciência política dos grupos étnicos diferentes estava numa evolução grande. Desde a década de sessenta, a participação política dos grupos minoritários aumentou. Segundo o palestrante, o candidato derrotado Romney ganhou a maioria dos votos dos “brancos”, enquanto o Presidente Barack Obama deveria agradecer à “coligação de minorias” pela reeleição recente. Esta palestra causou um debate animado entre o auditório e os palestrantes, e provocou perguntas e comentários críticos a respeito deste assunto pelo público. Houve inclusive certa dificuldade em relacionar o sistema eleitoral americano ao tema democracia, devido às especificidades do modelo.

A terceira palestra foi realizada pelo economista e analista político Roberto Casanova Ramirez, sobre a situação política atual na Venezuela. Ele apresentou as práticas realizadas pelo Presidente Hugo Chávez, de explorar não só no dia-a-dia da comunicação política, mas também nas campanhas eleitorais, a ferramenta de subestimação e desprezo da oposição. Além disso, foi mencionado que o Presidente Chávez tem usado todos os meios de comunicação para mobilizar a opinião pública a seu favor e, com isso, poder realizar seus interesses políticos. Esta terceira palestra encerrou a última rodada de diálogo da manhã.

Depois do intervalo do almoço, a participação do público passou a ser a meta do evento, na medida em que o formato da mesa foi trocado para o World Café, que permite total diálogo e interação entre as pessoas. Todos os participantes tinham a oportunidade de freqüentar dez mesas temáticas e debater sobre seus temas de interesse, cada uma no prazo de 20 minutos. Entre outros, os conteúdos das mesas de diálogo eram corrupção e jeitinho, democracia virtual, segurança pública, representatividade dos partidos políticos, liberdades individuais, liberdade de expressão e voluntariado.

Após o World Café, o cientista político da Universidade Católica de Uruguai, Ignácio Zuasnabar, fez uma palestra para tentar responder: “Que democracia queremos no futuro?”. Ele apresentou algumas perspectivas de desenvolvimento futuro para a democracia na América Latina, dando maior destaque no dever e importância da participação da população jovem para a democracia e processos políticos. Zuasnabar mostrou alguns dados empíricos para comprovar que não existe uma tendência da população jovem ter menos interesse na política. O que acontece é que há simplesmente outras maneiras de se participar. Ele acrescentou que o ponto principal do interesse dos jovens quase sempre é diferente das outras gerações. O debate final foi bastante rico e o evento foi encerrado pelo assessor político da Fundação Konrad Adenauer no Brasil, Lukas Lingenthal, que agradeceu a participação de todos no evento.

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