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A União Europeia foi desde os seus primórdios alicerçada na construção da paz e na defesa das democracias liberais, apostando na crescente interdependência entre Estados, que nos permite atualmente beneficiar da livre circulação de pessoas, de capitais, de bens e de serviços. O caminho para a construção destas liberdades não foi isento de dificuldades em particular para as regiões mais afastadas do centro da Europa.

Por esse motivo, o desenvolvimento do Mercado Único que foi lançado com o Ato Único Europeu foi acompanhado a par e passo por políticas de coesão territorial para assegurar que as regiões menos prósperas beneficiavam das oportunidades que oferecia um mercado cada vez maior e mais integrado. A política de coesão continua hoje em dia a representar a maior fatia do orçamento da UE, embora tenha diminuído nas últimas décadas, atingindo ainda assim cerca de um terço do orçamento em 2017.

No entanto, os últimos anos lançaram novos desafios à União Europeia na área da segurança e defesa, na integração de migrantes, na regulação do setor financeiro, no desenvolvimento tecnológico acelerado, em particular dos países emergentes, desafios esses que tiveram um papel impactante no discurso políticos de movimentos e partidos populistas, à esquerda como à direita.

Será debatido como a UE pode responder a esses novos desafios e qual o papel da política de coesão no momento que vivemos de transformação da ordem mundial.