Diálogo Talanoa da Sociedade Civil brasileira - Escritório da Fundação no Brasil
Contribuições aos eventos
O diálogo foi inspirado no espírito “Talanoa”, palavra comumente usada em Fiji e pelo Pacífico para definir um processo de diálogo inclusivo, participativo e transparente. Direcionado por 3 perguntas para a reflexão - Onde estamos? Aonde queremos ir? Como chegar lá? - Thiago Mendes, Secretário de Mudança do Clima e Florestas do Ministério do Meio Ambiente e Paulo Chiarelli, Chefe da Divisão da Mudança do Clima do Ministério das Relações Exteriores, iniciaram o debate trazendo a consciência de que o diálogo é importante e esteve presente na preparação da contribuição que o Brasil traria para o acordo e por isso ela é ambiciosa.
Para responder à pergunta "Aonde queremos ir?", a fala de inspiração de Carlos Rittl, Secretário-Executivo do Observatório do Clima, destacou a necessidade da agenda nacional de desenvolvimento ser pautada pela agenda de clima. As falas de Bruna Cerqueira, gerente de relações institucionais do ICLEI, e de Maurício Guerra, Secretário Executivo de Meio Ambiente da Prefeitura de Recife, adicionaram que nesta agenda é preciso integrar de forma transversal as políticas locais para fortalecer a governança desses processos no território.
Como resposta à última pergunta Emílio Lebre, coordenador do Laboratório Interdisciplinar de Meio Ambiente (LIMA) da COPPE/UFRJ, destacou que é preciso financiamento e investimento em infraestrutura. Segundo ele, o Brasil reúne condições favoráveis, como recursos naturais renováveis abundantes, a baixo custo, para atrair investimento. Portanto, uma das formas, junto com outros países, seria criar mecanismos inovadores de financiamento.
Em conclusão, o Diálogo Talanoa reconheceu que houve progresso ao longo da história da agenda no Brasil: redução do desmatamento, políticas mais direcionado e incentivo à produção de energias renováveis. No entanto, o debate também trouxe a identificação de desafios a serem enfrentados, como a criação de uma governança mais consolidada. A partir do evento, será gerado um documento com os debates/respostas às perguntas, que será encaminhado oficialmente ao Governo Brasileiro pelo Observatório do Clima. Para que, dessa forma, seja colocado ao governo federal como os diversos atores da sociedade pretendem contribuir com o cumprimento do acordo.