Novos rumos da Política Externa Brasileira
Cadernos Adenauer 2/2023
Esta publicação contém oito capítulos dedicados aos seguintes assuntos: o redirecionamento da política externa no terceiro mandato de Lula, a atual situação do acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia, o papel do Brasil no contexto dos BRICS, as relações ente o Brasil e o continente africano, a política externa brasileira no contexto da Zona de Paz e Cooperação do Atlântico Sul (ZOPACAS), a criação da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA) e a presença do Brasil nas organizações internacionais.
Os redirecionamentos da política externa no novo governo Lula
Paulo Afonso Velasco Júnior
A política externa do novo governo Lula tem priorizado o resgate da credibilidade internacional do Brasil, bem como a retomada da proje¬ção do país na cena global. Para tanto, tem havido uma aposta na par¬ticipação do presidente em reuniões de cúpula e encontros bilaterais de alto nível com grandes lideranças globais. É marcante também o desafio do Brasil de equilibrar-se em um mundo marcado por divisões e dispu¬tas cada vez mais agudas e profundas, em muito agravadas pelo contex¬to da guerra na Ucrânia.
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Reorientação da política externa no 3º governo Lula? Continuidades e Mudanças
Eduardo Viola
Larissa Basso
Nesse breve ensaio, analisamos os posicionamentos de política externa brasileira nesse início de 3º governo Lula em quatro temas: tendências geopolíticas amplas; mudança do clima e transição para o baixo carbo¬no; Acordo Mercosul – União Europeia; América Latina; e foros mul-tilaterais.
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Situação atual do acordo comercial Mercosul–União Europeia e o Brasil
Miriam Gomes Saraiva
Ana Paula Marino de Sant’Anna Reis
Este artigo analisa a situação atual do acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia, com foco nos interesses brasileiros. O artigo é estruturado em cinco seções, incluindo introdução, um breve histórico das negociações do acordo, o processo de assinatura no governo Bolsonaro, as negociações atuais durante o terceiro mandato de Lula e considerações finais.
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O Brasil nos BRICS: trajetória e desafios
Ana Garcia
Daniel Lannes
André Rezende
Este artigo analisa o lugar do Brasil nas relações com os países BRICS. Iniciamos com um balanço da trajetória dos BRICS nos últimos 15 anos, mostrando diferentes abordagens sobre o papel do grupo na ordem in¬ternacional. Logo, passamos para as relações bilaterais do Brasil com cada parceiro, iniciando com relações mais densas com a China, até as relações ainda pouco exploradas com a África do Sul.
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A administração Lula e a possibilidade em ressignificar as relações Brasil-África
Anselmo Otavio
artigo se propõe a refletir sobre a inserção brasileira no continente africano ao longo dos primeiros meses da administração Lula (2023-). Inicialmente serão destacadas, em perspectiva histórica, as principais características que guiaram a relação entre Brasil e continente africa¬no. Posteriormente, serão analisadas as primeiras iniciativas propos¬tas pela administração Lula que, direta ou indiretamente, garantem a maior aproximação entre as partes. Feito isso, espera-se demonstrar que a efetivação e a manutenção das ações até então propostas poderão garantir a ressignificação da importância do continente africano para o Brasil.
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A ZOPACAS e sua relação com a política externa brasileira: promessas, turbulências e oportunidades no novo Governo Lula da Silva
Marcelo M. Valença
Luiza Bizzo Affonso
Este artigo explora o papel da Zona de Paz e Cooperação do Atlântico Sul (“ZOPACAS”) nas estratégias de política externa do novo governo de Lula da Silva para resgatar o protagonismo internacional que o Brasil historicamente busca. Ao contrário do que ocorreu nos últimos dois governos, o terceiro mandato de Lula da Silva tem sinalizado o interesse de inserir novamente o país nas principais agendas de relações internacionais, principalmente junto a países do Sul Global. Apontamos que a retomada da ZOPACAS poderia contribuir positivamente para esta ambição.
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A criação da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica – OTCA: cooperação entre países amazônicos
Erivaldo Cavalcanti e Silva Filho
Carla Cristina Alves Torquato
Priscila Krys Morrow Coelho Resende
Cristiniana Cavalcanti Freire
O Tratado de Cooperação Amazônica (TCA) foi assinado em 1978 por oito países da bacia amazônica. Sua preocupação é promover o desenvolvimento harmônico e integrado da região, com foco na preservação ambiental e no uso racional dos recursos naturais. O objetivo deste artigo foi estudar o contexto histórico do tratado, atras da pesquisa bibliográfica e documental, observando que o mesmo foi um produto da política externa brasileira da época, que buscava promover a cooperação regional, mas, sobretudo, afirmar a soberania destes países sobre a Amazônia.
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A presença do Brasil em fóruns multilaterais: histórico e perspectivas para o novo governo
Marianna Albuquerque
Quando Luiz Inácio da Silva foi reeleito para um terceiro mandato, di¬versos analistas debateram sobre os rumos da política externa no novo governo. Esse texto argumenta que uma análise da presença do Brasil em instituições multilaterais pode funcionar como um bom indicativo da inevitável combinação entre tradição e inovação que o governo Lula de¬verá colocar em prática.
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