Nas últimas três semanas a Fundação Konrad Adenauer realizou, em parceria com a Kolping Brasil, o Curso de Formação em Direitos Humanos e Dignidade da Pessoa. O objetivo das formações em direitos humanos é debater de forma acessível e qualificada, sobre assuntos atuais e relevantes na área de direitos humanos a partir do contexto brasileiro. Nesta edição, o curso buscou se a profundar a partir de três diferentes aspectos da dignidade humana: acesso ao direito e políticas públicas para a população em situação de rua; políticas públicas para pessoas com deficiência; e políticas públicas para a população idosa.

O curso, além de proporcionar uma comunicação acessiva ao conteúdo programático, buscou fomentar discussões dentro de um grupo diverso, composto por participantes de todas as regiões do país. Uma das grandes qualidades do projeto desenvolvido em parceria com a Kolping é a preocupação com a formação de uma turma composta por participantes com diferentes origens, formações e atuação profissional. Alguns deles detinham vasto conhecimento acadêmico, mas a grande maioria era composta por profissionais que atuam no terceiro setor e pessoas interessadas no tema.

A desigualdade social é um dos elementos que dificultam do acesso ao direito e impedem a garantia da dignidade humana. As pessoas com deficiência têm observado, constantemente, a violação dos seus básicos, seja pela falta de acessibilidade e oportunidades, mas também acesso ao mercado de trabalho e acesso à saúde pública. Não obstante, é latente a falta de interesse dos tomadores de decisão de incluir a população idosa na formulação de políticas de acesso, lazer e saúde, impedindo, em muitos casos, a permanência de uma vida digna para esta parcela da população que, segundo dados do Censo 2022, cresceu nos últimos dez anos. Com o aprofundamento da crise econômica, a pobreza e o número de pessoas em situação de rua de todas as cidades do país aumentou substancialmente. Esse fenômeno destaca a importância de políticas públicas específicas para essa população, como políticas de permanência, moradia, acesso a saúde, alimentação e emprego.

As aulas aconteceram em formato virtual e contaram com a participação de uma audiência interessada e participativa. Ao todo, mais de cento e cinquenta pessoas foram impactadas pela atividade, e puderam se aprofundar sobre temas fundamentais para o Brasil contemporâneo a partir da perspectiva dos direitos humanos.