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Contribuições aos eventos

XX Fórum Brasil – Europa

de Gregory Ryan

Brasil e a União Europeia – Construindo um Futuro

Com o intuito de promover o debate, o XX Fórum Brasil-Europa trouxe políticos do Brasil e da Europa, representantes do mundo acadêmico, assim como também, diplomatas. O evento realizado em Brasília, nos dias 4 e 5 de Junho de 2013, abordou como tema principal “Brasil e a União Europeia – Construindo um Futuro”. Um intenso intercâmbio de ideias e visões foram abordados entre os representantes dos dois lados do Atlântico. O evento contou com a presença de um público de mais de 220 espectadores e também com representantes de diversos meios de comunicação nacional.

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O fórum, esse ano, teve especificamente a intenção de informar sobre o andamento do relacionamento entre o Brasil e a União Europeia, bem como o processo de integração da Europa. O primeiro dia do fórum no Congresso Nacional foi inaugurado com um debate sobre a política, a economia e a dimensão social da atual crise econômica Europeia. Todos os palestrantes concordaram que a rápida recuperação da Europa seria do interesse de todos, pois enquanto o povo europeu sofre com a crise, o Brasil também perderá importantes mercados e investidores. Assim, como conclusão, o painel do debate convocou a classe política a apresentar novas visões e modelos de como recuperar a confiança do público, e superar a crise. O primeiro painel foi seguido pelo discurso principal reproduzido pela Embaixadora Ana Paula Zacarias, Diretora da delegação da União Europeia no Brasil. Em seu discurso, a embaixadora argumentou a cerca das razões pelas as quais a Europa unificada estaria mais bem qualificada para superar os desafios do século XXI, do que os Estados membros de forma separada. Ela também detalhou aspectos das instituições e ferramentas que foram criadas para que a União pudesse transformar em realidade as aspirações de um ator global.

O painel identificou a falha do quadro institucional que não foi capaz de impedir o aparecimento e a posterior proliferação da crise, bem como a incapacidade do sistema político em gerenciar eficientemente e dirigir as forças econômicas em harmonia com as aspirações do povo europeu em geral, como os componentes centrais dos desafios, enfrentados atualmente pela Europa.

O segundo dia de debates foi realizado na sala de conferências do Manhattan Plaza Hotel. O primeiro painel focou no futuro e no âmbito do modelo de parceria estratégica em geral e sua significância para as duas regiões. O painel concordou que o modelo de parceria estratégica, somente faria sentido se houvesse um número mínimo de parceiros estratégicos, de modo a inibir que o valor desse modelo o inflacione, enquanto a cúpula anual adicional faria muito sentido e poderia potencialmente fazer uma real diferença. Além disso, a palestrante argumentou que o modelo poderia ser uma alternativa às alianças tradicionais, assim como que os parceiros envolvidos poderiam escolher temas de interesses comuns, então poderiam defender em conjunto com o sistema nacional, ao discutir e debater diferentes tópicos nas quais as diferentes visões prevalecessem.

Já o segundo painel, levantou questões relacionadas às abordagens de desenvolvimento, em particular o modelo chamado Norte-Sul, e a alternativa do modelo, Sul-Sul, assim como a possibilidade de combinação de ambos por meio da cooperação triangular. O painel acordou de maneira geral que a Europa é a pivô das doações, de onde se originam 60% da ajuda aos países em crise. No entanto, sua abordagem tradicional Norte-Sul havia perdido força, e o Brasil, que ainda é relativamente pequeno em termos monetários, está na vanguarda do novo modus operandi, a chamada abordagem SUL-SUL. A cooperação, no entanto, nem sempre é atingida, uma vez que políticos continuam a desempenhar um papel majoritário em todos os aspectos do desenvolvimento. O último painel do dia, abordou principalmente a questão a cerca da possibilidade de existir, no futuro, uma área de livre comércio entre UE - Mercosul. O painel obteve uma grande diversidade de opiniões entre os grupos. Um grupo argumentou que em nível estratégico um acordo de livre comércio faz sentido, desde que haja um esforço global no sentido da abertura dos mercados, no qual ninguém se dê ao luxo de ficar de fora. Além disso, o acordo poderia ter um potencial muito maior de sucesso, uma vez que os parceiros estejam muito próximos uns dos outros nos aspectos políticos e culturais. A oposição, porém, argumentou que o multilateralismo e o inter-regionalismo perderam o prestígio e força e, portanto não haveria um desejo político de que tal empreendimento, como uma enorme área de livre comércio, acontecesse.

Texto: Gregory Ryan, Tradução do Inglês: Diogo Rigaud

Uma versão mais completa com informações detalhadas sobre todos os painéis pode ser encontrada em Inglês, no link a seguir: aqui>>

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Gregory Ryan

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