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A relevância da visita do Presidente da Alemanha ao Brasil

von Felix Dane, Daniel Edler
No dia 13 de maio, o presidente da Alemanha, Joachim Gauck, encontrou Dilma Rousseff em São Paulo. Sua visita é uma prova das boas relações construídas entre aquele país e o Brasil e serviu para lançar o “Ano Alemanha-Brasil, quando ideias se encontram”.

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No dia 13 de maio, o presidente da Alemanha, Joachim Gauck, encontrou Dilma Rousseff em São Paulo. Sua visita é uma prova das boas relações construídas entre aquele país e o Brasil e serviu para lançar o “Ano Alemanha-Brasil, quando ideias se encontram”. Mais do que uma viagem protocolar, a presença de Gauck demonstra o interesse alemão de trazer novas dimensões para o diálogo com o Brasil, indo além dos temas políticos e econômicos, e fortalecendo laços socioculturais.

Sendo Chefe de Estado, Gauck é o mais alto representante da Alemanha. Seu cargo o coloca como guardião da Constituição, podendo denunciar desrespeitos a esta, mas também como um ponto de equilíbrio no sistema federativo. Apesar de pouco conhecido no Brasil, o presidente da Alemanha tem um papel conciliador fundamental entre os estados e entre as correntes políticas. Seu poder emana da Constituição, mas é reforçado pela autoridade moral exercida dentro e fora do país. E é neste ponto que Gauck se destaca.

Trata-se de uma figura política muito relevante. Nascido na Alemanha Oriental (RDA), Gauck se tornou pastor luterano e opositor do regime autoritário. Suas “orações para a paz” - eventos públicos anticomunistas - encorajaram os protestos que derrubaram o Muro de Berlim, em 1989, e levaram à reunificação. No entanto, é sua atuação no período de transição que o aproxima do governo brasileiro. Durante anos, Gauck lutou pela abertura dos arquivos da Stasi, a repressora polícia política da RDA. Além de permitir o julgamento de autoridades do regime deposto, seu trabalho promoveu os direitos humanos, tema caro à presidente Dilma, e ajudou o povo alemão a lidar com as feridas do passado. Gauck foi, portanto, o principal expoente na Alemanha em um processo no qual o Brasil começa agora a avançar. Nesse sentido, é politicamente simbólico o encontro do presidente alemão com membros da Comissão da Verdade, quando uma valorosa troca de experiências deve ocorrer.

Gauck se reuniu também com empresários brasileiros. Brasil e Alemanha, mantendo-se parcialmente alheios aos efeitos da crise, tem um potencial de cooperação enorme. Enquanto o Brasil passa por uma transformação social significativa, com uma revigorada classe média, a Alemanha demonstra ter o mercado de trabalho mais dinâmico da Europa, sendo capaz de atrair profissionais jovens e qualificados. Para aumentar a produtividade de sua economia, a Alemanha investe pesadamente em infraestrutura e educação, o que, aliado a uma máquina pública eficiente, permite que suas exportações tenham um volume seis vezes maior que o do Brasil. Nesse ponto, ainda há um longo caminho a ser percorrido pelo Brasil e a visita de Gauck aponta para o desejo da Alemanha de ser uma parceira nesse processo.

Portanto, é extremamente importante que o presidente alemão, e não a chanceler Merkel, seja responsável por inaugurar o “Ano Alemanha-Brasil”. É a constatação de que os dois países devem construir laços sociais que perpassem as relações políticas e econômicas. Gauck é a figura política que representa estas novas aspirações.

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Lançamento do Ano Alemanha-Brasil Fonte: Blog do Planalto

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